Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), foi registrada no estado do RIO DE JANEIRO, municípios Armação dos Búzios (Ribeiro 350), Arraial do Cabo (Araújo 8229), Cabo Frio (Pirani 1019), Mangaratiba (Bovini 1878), Niterói (Andreata 504), Rio de Janeiro (Stefano 257), São Gonçalo (Rohan 95) e São Pedro da Aldeia (Farney 4172).
Árvore de até 25 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Popularmente conhecida por cajá-mirim, cajá-miúdo e cajazeira, foi coletada em Área antrópica, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Vegetação sobre afloramentos rochosos associadas a Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro. Apresenta distribuição restrita, EOO=3133 km² e ocorrência em fitofisionomia severamente fragmentada. Estima-se que restem atualmente cerca de 15% da vegetação original da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Sabe-se que grande parte dos ecossistemas florestais fluminenses encontram-se fragmentados como resultado de atividades antrópicas realizadas no passado e atualmente, restando somente cerca de 20% de remanescentes florestais originais (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Mesmo com ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral e no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018), o crescimento urbano acelerado da segunda maior metrópole do país (Lapig, 2018; Garcia e Dedeca, 2012; Ribeiro e Oliveira, 2009; Simões e Lino, 2003) e o aumento do desmatamento para áreas agrícolas e na intensidade na visitação de turistas (Barros, 2008; Soares, 2008) representam vetores de stress severos a perpetuação de S. admirabilis na natureza. Assim, a espécie foi considerada Em Perigo (EN) de extinção, pela sua distribuição restrita, valor de EOO e alto grau de fragmentação dos ecossistemas fluminenses. Infere-se declínio contínuo em EOO e qualidade e extensão do habitat. Recomenda-se ações de pesquisa (busca por novas localidades, tendências e números populacionais) e conservação (Plano de Ação) urgentes a fim de se garantir a perpetuação da espécie no futuro.
Descrita em: PhytoKeys 55: 19–22, f. 18a–d, 13, 16, 18, 19. 2015. Nomes populares: cajá-mirim, cajá-miúdo e cajazeira (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present | national | very high |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.2 Ecosystem degradation | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | national | very high |
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.2 Ecosystem degradation | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat | past,present | regional | high |
O turismo ocorrente no interior e arredores do Parque Estadual da Serra da Tiririca é realizado de maneira desordenada e com carência de fiscalização (Barros, 2008). O turismo é uma atividade muito intensa em toda a área do Parque Nacional da Tijuca (Soares, 2008). O turismo é uma das principais atividades econômicas desenvolvidas nos municípios de Búzios e Cabo Frio (Ribeiro e Oliveira, 2009; Barbosa, 2003). A construção da Rodovia BR-101 juntamente com a abertura da estrada RJ-165, intensificaram o turismo no município de Paraty, Angra dos Reis e Mangaratiba (Garcia e Dedeca, 2012). | |||||
Referências:
|
Ação | Situação |
---|---|
5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
|
Ação | Situação |
---|---|
1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada em: APA DA PRAINHA (US), PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA PRAINHA (PI), PARQUE ESTADUAL CUNHAMBEBE (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MANGARATIBA (US), PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA CIDADE (PI), PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA (PI), PARQUE ESTADUAL DA COSTA DO SOL (PI) e ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO PAU BRASIL (US). |
Uso | Proveniência | Recurso |
---|---|---|
17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |